Resenha | Fantasmas do Século XX

Título: Fantasmas do Século XX
Autor: Joe Hill
Editora: Sextante

Páginas: 288

Categoria: Literatura Estrangeira
Resenha feita por: Ana Beatriz

Fantasmas do século XX é muito mais do que um livro – é uma experiência sensorial assustadora e atraente. Considerado o novo mestre do horror, Joe Hill apresenta 17 contos que passeiam por todas as vertentes da literatura de terror: do sobrenatural ao suspense, do thriller à fantasia.Com um texto ágil, ácido, repleto de referências culturais, este livro tem o poder de suscitar sentimentos opostos, fazendo com que o leitor fique ao mesmo tempo aterrorizado com o rumo da história e empolgado com o ritmo da narrativa. Em cada conto, por meio da trajetória de cada personagem – um adorável menino inflável; o filho de Van Helsing; um garoto seqüestrado que recebe ligações de um morto; um editor que se vê dentro de um conto de terror; um dono de cinema que se apaixona por um fantasma –, Hill dá vida aos nossos piores pesadelos, nos levando a refletir sobre as atrocidades de que o ser humano é capaz.Profundos, sensíveis e perturbadores, os contos reunidos nesta coletânea permanecem vivos na mente do leitor até muito tempo depois de ele fechar o livro.

A obra é uma coletânea de contos de Joe Hill que permite o leitor explorar desde a mais simples até a mais bizarra e complexa das relações humanas.

Conforme fui lendo o livro sentia a tensão, o suspense e as emoções impregnados à flor da pele. Em algumas das histórias é necessário manter a mente aberta e deixá-la viajar com o enredo. Um exemplo dessas é o conto Pop Art; que conta a vida de um garoto inflável (sem maldade! Não é um boneco, é um ser vivo mesmo!).

Vocês podem imaginar os perigos que um lápis de ponta fina poderia representar para um menino de 120 gramas feito de plástico e cheio de ar.

Fora Pop Art, os contos que mais mexeram comigo foram: O Melhor do Novo Horror, Vocês Iram Ouvir o Canto do Gafanhoto, Os Meninos de Abraham, O Telefone Preto, A Capa, Último Suspiro e Internação Voluntária. Não que os outros contos sejam ruins nem fracos, mas estes são diferentes e intrigantes de uma maneira única.

Apesar de também ser escritor de terror/suspense, achei a escrita de Joe Hill diferente de seu pai, Stephen King, porém igualmente marcante. Com certeza o autor vai longe em sua carreira!

Inacreditável − sussurrou − pense na sorte que você teve. Alguns centímetros mais embaixo e aquele galhos poderia ter atravessado o seu coração.

− Quem disse que não atravessou? − falei. Inclinei-me para frente e a soltei.

Ela segurou no meu pescoço, agitando as pernas, e tive de soltar seus dedos um a um antes de ela cair.

Para os fãs de livros com conflitos psicológicos, personagens memoráveis e situações inusitadas, leiam Fantasmas do Século XX. Você entra no universo do autor e entende, em um novo ponto de vista, o significado da palavra medo.