Resenha: Estilhaça-me, de Tahereh Mafi

Título: Estilhaça-me

Autor: Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito

Páginas: 304

Categoria: Literatura Estrangeira

Classificação: 

Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.

Apesar de ter prometido não começar a ler mais séries de livros, Estilhaça-me foi inevitável.

Juliette, após um terrível acidente em seu passado, é trancada em um hospício, por falta de diagnóstico para sua “doença” de não poder tocar nas pessoas sem causá-las danos. Depois de três anos sem contato com outro ser humano, ela recebe um companheiro de cela – Adam – que consegue deixá-la mais nervosa do que nunca, e quase certa de sua loucura.

Meu toque é letal. Meu toque é poder.

A obra faz parte da nova geração de romances sobrenaturais, mas não a subestime por isso! O enredo de Estilhaça-me é envolvente, misterioso e tentador. Para um livro de estreia, a autora Tahareh Mafi está mais do que de parabéns, pois sua história “pós-apocalíptica” me encantou de tal forma, e o desfecho do livro foi tão bom, que mal posso esperar pelo próximo livro da série.

A parte mais inovadora e que, na minha opinião, é o diferencial do livro, foi a escrita. A personagem principal e narradora, Juliette, é bem confusa, a princípio, e sempre risca durante o livro algumas frases que ela consideraria impróprias de serem ditas no momento, o que causa certo humor no livro.

A esperança neste mundo sangra do cano de uma arma.

Garanto que, quem quiser ler algo diferente, novo e que tenha um enredo atrativo, não se decepcionará com Estilhaça-me.